Portugal Fashion Fall Winter 2012/2013

26.3.12

Assim que recebi o Line Up para mais uma edição do Portugal Fashion, a curiosidade terá sido a primeira a marcar presença, seguida de uma certa ansiedade, afinal de contas, a moda estava de volta ao Porto.

Com o tema “Cross”, e num total de 28 desfiles, quer de criadores consagrados como também de novos talentos, o Portugal Fashion esteve de volta naquela que foi a sua 30ª edição.

Pela primeira vez na história do evento, a abertura foi em Lisboa, dia 21 de Março, onde foram apresentadas algumas colecções, no MUDE (Museu do Design e da Moda), nomeadamente no espaço Bloom. Já o espaço principal, seduziu o público com as novas propostas de Felipe Oliveira Baptista. 

A dupla Alves/Gonçalves, marcou o encerramento deste primeiro dia, na Sociedade de Geografia de Lisboa.

No segundo dia, o espaço de desfiles regressou à mítica Alfândega do Porto, que recebeu os aficionados de moda e curiosos, que ali se reuniam, para assistirem às tendências dos criadores portugueses, para o próximo Outono/Inverno.

Poderia transmitir-vos a minha opinião de todos os desfiles, sim, podia, mas não, vou deixar esse lado crítico para os inúmeros bloguers com quem me cruzei, durante o evento, passando apenas por alguns dos criadores que mais me aliciaram.

A minha noção de responsabilidade bloguista, obriga-me a falar de tantas outras coisas, do Portugal Fashion...

De todos os desfiles, existirão sempre alguns que gostamos mais que outros, (faz parte), mas o primeiro a marcar-me foi, claramente, a performance de TM Collection, by Teresa Martins.

Não escondo que, antes de entrar, me fez confusão a quantidade de pessoas que eram pescadas por uma das colaboradoras da marca, desde clientes a amigas de amigas, (e ainda que fazendo parte, entendo), mas que causaram desconforto a quem, por hábito, assiste das primeiras filas, ano após ano, aos desfiles.

A verdade é que assim que abriram as portas, aos famosos, VIPS e menos famosos, (mas fiéis), restavam apenas as quartas e quintas filas, e o desagrado fez-se sentir, de uma forma generalizada.

Dou a mão à palmatória, pois fui, rapidamente, silenciado, assim que começou a música, e ficou difícil, esconder a expressão espontaneamente boquiaberta. 

Um verdadeiro bailado emotivo, a cargo do bailarino e coreografo Benvindo da Fonseca, e que me fez correr a lágrima, (como se estivesse a assistir a um momento dramático - risos), mas a verdade é que foi uma explosão de sentimentos, e fosse porque motivo fosse, foram merecidos os aplausos, de pé, e em sinal de uma sinergia de concordância, pela excelente apresentação.

Com a colecção Threads of Identity, Teresa Martins recriou "histórias sem data, em roupas que falam de memórias e emoções das nossas vivências".






Mais tarde, e já numa festa, tive o prazer de me reencontrar com alguns dos bailarinos, e perceber o quão flui a música naqueles corpos, aparentemente dotados, exclusivamente de cartilagem, em vez de ossos, tal é a ginástica e os movimentos que conseguem fazer.

Miguel Vieira, foi o estilista que se seguiu, encerrando o terceiro dia desta edição.
"Vestir o Fado", transportou-nos para uma viagem bem portuguesa, desde os pequenos pormenores, à música de fundo.

O pico, (e desmistificando que tenha sido o João Mota a desfilar), foram, efectivamente, as crianças que, uma vez mais, enriqueceram a passerelle, (Obrigado Miguel). 


O maior choque foi mesmo na plateia, e que rapidamente criou uma onde de desagrado, desde os presentes, naquele instante, às frases de estado nas redes sociais...

Eu fui mais um dos que respirou, (várias vezes), para não virar as costas e ter ido embora. 
  
Susana Vieira, irmã do estilista, marcava, como é hábito, presença na primeira fila, mesmo à nossa frente, o que tornou muito fácil perceber a postura menos elegante, (e suavizo o adjectivo porque sou, de facto, educado), aquando abordada por algumas pessoas, que pareciam conhecê-la, e que pediam para se sentar junto dela.

O espaço era mais que muito, (existiam mais lugares vazios que preenchidos), e se o impacto, para quem desfila, como para o criador e fotógrafos, são as primeiras filas, faria, de facto, todo o sentido acalorar os primeiros lugares, mas a resposta, por parte da mesma, foi que aguardavam por alguns convidados, (convidados esses, que nunca chegaram a aparecer - Pois).

Num momento menos feliz, e testemunhado por todos nós, Susana vai mais longenum comentário que sussurrou a um senhor que a acompanhava, e que destratou, em tudo, os convidados.

"Só à chapada", ouviu-se assim, entre dentes, e gerou, no mesmo instante, uma generalizada vontade de sair.
Um comportamento, e cito, "amargo, austero e antipático ... Uma antítese da simpatia e talento do irmão".

Sábado, (último dia), e as minhas expectativas eram mais que muitas.

De todo o Line Up, este reunia algumas das minhas preferências, como Carlos Gil, (que assumo, dos meus favoritos, ano após ano), VICRI, Lion of Porches, e a própria Fátima Lopes, (que para não fugir à tradição, fez-se atrasar por mais de uma hora, apresentado um desfile que levou apenas 18 minutos).

No átrio do primeiro piso, os murmurinhos, curiosos, fizeram-se sempre sentir

17h28, e no meio de toda aquela confusão, telefonei directamente para o número do próprio Carlos, que nos assegurou excelentes lugares, entre as primeiras filas.

O menos simpático, (e cuja responsabilidade é inteiramente do sitting), terá sido o convite, feito a Antónia Prassa, (sentada, na altura, na primeira fila), para se retirar, cedendo lugar a uma pessoa sem qualquer importância comercial, para o desfile em causa.

Sofisticação, elegância, estilo, terão sido as impressões causadas com o impacto da colecção, que asseguro, das mais bonitas.

Carlos Gil, continua a vencer pela sua dinâmica capacidade de nos fazer sonhar, e no final, no lugar de qualquer mulher, fica difícil escolher qual o outfit mais bonito: escolheria todos.

A belíssima Fiona, reforçou os lindíssimos modelos, ao mesmo tempo que mostrava a sua garra, (quando atrapalhada com o longo vestido), demonstrando aquilo que sempre foi, uma excelente profissional.






Terei sido dos primeiros a levantar-me, (algo que virou um hábito nas apresentações do Carlos), para o aplaudir, por todos estes motivos. 


VICRI, mimou-nos com uns porta chaves em formato de gravata, e uma vez mais, surpreende-nos com a colecção, desta vez, sem limites geográficos ou culturais.

Um desfile enriquecido, com o tão desejado Luís Borges, a surpreender, com o seu novo penteado.




Da minha parte, um especial obrigado a Jorge Ferreira.


Por lá, e para além dos meus colegas de escrita, cruzei-me com vários rostos famosos, reencontrei amigos e conhecidos, mas acima de tudo diverti-me, para lá de imenso.

Senti falta da Nespresso, (e dos Audis), que costumavam abrilhantar o espaço, mas felicito o tema "Cross", e toda a envolvência de madeira, robusta.

Um até já, numa passerelle, quiçá, mais próxima de ti 
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Obrigado, Pedro Monteiro, pela cedência das fotografias do desfile do Carlos Gil.

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