A realidade da irrealidade

18.4.14


Numa altura em que vivemos (quase todos, arrisco-me) na internet, falar desta batalha entre dois mundos, parece-me pertinente.

Estarão as redes sociais a tirar os verdadeiros valores e significado do contacto pessoal e social entre as pessoas?

Estaremos cada vez mais presos ao mundo virtual?

Será que os gostos que damos e recebemos (e até nos fazem momentaneamente felizes) substituem o conforto de um gesto de afeto?

Será que as imagens de abracinhos e beijinhos substituem o toque dos verdadeiros abraços e beijos?
 
As imagens de flores substituem o toque e o cheio de um verdadeiro ramo?

Será que a imagem do bolo de grife, partilhada nos murais, substitui o telefonema ou a mensagem personalizada de parabéns?

Aparentemente sim!!
 
Cada vez mais substituímos o lado pessoal pelo lado banal, sem percebermos que isso nos tira os verdadeiros suspiros.
 
Snapchat, Instagram, Facebook, Twitter são alguns (dos muito reduzidos) exemplos da forma como interagimos, na vida uns dos outros. 
 
Eu próprio (dou á mão à palmatória) sou um assumido viciado na interação virtual.
 
Ainda assim, não dispenso a presença física dos meus amigos, os jantares, as mensagens de parabéns privadas e tantas outras pequenas coisas, que são, na realidade, enormes coisas (se coisas).
 
Acho que a irrealidade está tão banalizada, que virou (de facto) a nossa realidade, e nem nos apercebemos disso.

Apreciem os momentos que vos tiram a respiração ... que vos libertam sorrisos, que vos enriquecem de emoções!!
Eu também partilho um montão de coisas e não escondo adorar a interação de parte a parte ...

Mas coisas essas, que não podemos deixar que prevaleçam aquilo que realmente é tão importante.
 

FranciscoVilhena


 

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