O meu nome é Alice

28.2.15


E não podia ter terminado o mês de outra forma, que não a falar de mais um filme: O meu nome é Alice.

Foi no Norte Shopping (na companhia da minha mãe, da prima Graça e de um amigo) que assisti ao desenrolar deste drama, baseado no romance homónimo de Lisa Genova, dirigido e escrito por Wash Westmoreland e Richard Glatzer.

Um filme que retrata o dia a dia de uma mulher - a Dra. Alice Howland (Julianne Moore) a quem é diagnosticada uma doença precoce.

Aos 50 anos, com um casamento feliz, três filhos adultos, o reconhecimento profissional como professora universitária de linguística, Alice começa a esquecer palavras, a perder-se ... 


Depois de alguns exames, já na presença do marido, são-lhe diagnosticados sinais prematuros de Alzheimer.


Alice e a sua família vêm os seus laços testados, ao limite.

A luta para manter a ligação à pessoa que sempre foi é assustadora, comovente e ao mesmo tempo inspiradora.

Não vou esconder, que o facto desta mesma doença me ter roubado a minha avó, há menos de um ano, me sensibilizou muito mais.

A descrição dos sinais, do esforço que fazem para tentar manter a serenidade mental que sempre tiveram, a confusão, os lapsos de memória até ao esquecimento total ...

Ninguém acredita que estas histórias possam ter um final feliz, a verdade é que não têm e quando esta doença chega, acabamos, no fundo, a dada altura, por sofrermos mais que as próprias pessoas, ao assistimos a toda esta regressão impiedosa  

Tudo isto toma proporções ainda mais devastadoras, quando (como neste caso) vem tão precocemente ...

Quando temos a capacidade de perceber o que nos está a acontecer assim como a incapacidade de travar a doença!

Um misto de fortes emoções e sensações ...

Acompanhamos o declínio intelectual de uma mulher (relativamente jovem) numa luta desenfreada, de viver até ao último suspiro, com a certeza de ter aproveitado o pouco que lhe restava.

Quanto ao final, bem, pode não ser aquele que esperávamos, mas sendo certo que o Alzheimer não diferencia ninguém, no que respeita ao seu fim, considero que o filme terminou da forma menos penosa possível, para quem assiste.

Entre lágrimas e recordações, uma certeza: vale a pena ver.

FranciscoVilhena


I wish I had cancer ... With cancer, people have things they feel like they can do to help, with fundraisers and wristbands, but with Alzheimer’s, people don’t know what to do as they watch the ones they love fall apart.
Alice Howland

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