Fui Pai!

14.3.17


Não sei precisar há quantos meses, mas "fui Pai".

Não estive presente na conceção nem no nascimento, mas sinto-me involuntariamente participativo numa das maiores dores de cabeça de qualquer recém papá: o choro.

Sim, o choro, que é tão frequente quanto os meus batimentos cardíacos e olhem que as pulsações estão altas (diz que é do stress.) 

Às vezes o cansaço é tanto que tento encarar as lágrimas como barulho de fundo, numa parva tentativa de adormecer embalado (Não resulta!).

Os meus vizinhos foram pais e têm lá em casa um verdadeiro artista, uma pessoa pequenina com cordas vocais de tenor.

Acontece que os ensaios nem sempre ocorrem nas horas diurnas, em que a facilidade de distração é maior, não... 

A intensidade da prática vem durante a noite, muitas vezes de madrugada, sempre quando queremos e precisamos de descansar e não conseguimos (já percebi que faz parte).

Quem se levanta, eu ou tu?

Agora é a tua vez... É sempre a tua vez.

Eu adoro crianças e adoro os meus vizinhos só que hoje, com as olheiras a bater no queixo das dezenas de noites mal dormidas, aproveitei para encontrar conteúdo para mais um artigo.

A solução? 

Não é nenhuma!

Estou e continuo feliz pelos papás (com alguma ansiedade para que a criança passe à etapa do gatinhar, diz que é menos ruidosa, risos). 

Brincadeiras à parte, os bebés choram. 

Não há como evitá-lo, é uma das formas que têm para comunicar.

 Ele vai continuar a chorar noites a fio e eu noites a fio continuarei sem pregar olho.

Depois da leitura de várias matérias sobre "porque razão os bebés choram tanto" percebi que é uma maratona que pode durar até aos seis meses e em resultado disso, já tenho uma camisola polar para colocar em cima da cabeça, uma caixa de comprimidos que passou a fazer parte do complemento vitaminico ao pequeno almoço e a resistência de um "pai" que aprende a lidar com o choro como "mais uma etapa".

FranciscoVilhena

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