E se mais um ano, mais uma vela (podem ler aqui o último artigo) ainda somo o desafio à originalidade do bolo de aniversário!

Todos os anos, e à semelhança do que acontece com a escolha do restaurante, tento superar-me no bolo.

Não é fácil, principalmente quando até os meus amigos se tornaram exigentes "estou curioso com o deste ano... Já escolheste o sabor? Vê lá, o da pimenta era formidável...".

Até hoje, o mais marcante tinha efetivamente sido o de 2015 (felizes daqueles que o provaram!).

A fasquia tem estado a subir e das duas uma, ou mudava de amigos e repetia um qualquer ou empenhava-me em superar os anos anteriores.

Vou ser sincero, comecei por partilhar no facebook um pedido de sugestões para bolos de aniversário, isto a três dias da festa (como é meu hábito!!).

Entre o abordar das ideias dadas e as respostas, lembrei-me da Sónia.

Foi minha supervisora numa cadeia de lojas de luxo e com ela aprendi o melhor e mais refinado comportamento profissional.

Os anos passaram e mais do que o reconhecimento, ficou a amizade e a admiração (não escondo!).

Em 2013 nasceu o seu projeto Caketerie - um atelier de formação em Cake Design, Pastelaria e Culinária, e desde essa altura que volta e meia lá vou namorando os bolos que faz, que mais parecem obras de arte.

Falamos na sexta-feira "Supervisora... Preciso de um SOS sugestão. Um bolo (e agora o milagre: bom e não muito caro) para este sábado (de aniversário). Sugestões?"

Entre a falta de ar que lhe devo ter provocado e a exigência do milagre, em menos do nada disse-me "eu faço!".

Mostrou-me um exemplo e fechamos negócio!

Aqui entre nós, não me preocupei um só segundo com nada, sei bem o empenho que entrega em todos os seus projetos por isso só podia ficar muito bem.

Mas não... Não ficou muito bem... O bolo ficou perfeito!!!

Quando nos mandam mensagens atrás de mensagens a elogiar o bolo mais do que a nós próprios, percebemos que o resultado falou por si.

Feito de massa folhada caramelizada, levou creme de ovos, chantilly, morangos, frutos vermelhos, macarons, crocantes de avelã e fios de ovos.

Uma espécie de Water Lilies (pintura de Claude Monet) dos doces!

As imagens falam por si...

Sónia Loureiro

Fiz anos no passado dia 3 de Abril mas só ontem (sábado, 7) reuni família e amigos para jantar.

Faz alguns anos, confesso, que tenho vindo a celebrar separadamente, uma festa só com a família materna, uma com a família paterna, uma com os amigos de infância e uma com os amigos mais recentes.

A verdade é que esta logística obriga a um festejo ao estilo cigano (e nada contra a etnia, entenda-se) mas a dada altura parece que levo três dias em festa!

Este ano decidi que queria uma noite diferente, rodeado de todas as pessoas que marcam a minha vida, independentemente dos laços ou do tempo que nos conhecemos mas sim pela intensidade que vivemos.

Não foi difícil fazer a minha lista de convidados, ainda que tenha deixado algumas pessoas de fora, sem que isso implique gostar mais ou menos delas... Nada isso.

A minha escolha recaiu naquelas que têm, efetivamente, estado mais próximas.

Juntei cerca de 60 nomes, consciente que nem todos poderiam estar presentes e que isso não me poderia deixar triste, é natural.

À parte dos desistentes de última hora (e este é um recado que deixo para um próximo artigo) correu tudo bem.

Repeti-me no restaurante, que tem feito um trabalho tão bom, que só este ano foi o terceiro aniversário em que lá estive.

Os meus amigos têm-se deixado contagiar e nem deixamos arrefecer os lugares até lá voltarmos outra vez.

Um lugar despretensioso, com uma vista ímpar e um atendimento simpático, que se unem a um conjunto de menus deliciosos.

Éramos 42 pessoas o que levou a uma separação por mesas, assim, tipo casamento (dizia a Áurea).

Brincadeiras à parte, facilitou a logística no atendimento, já que a sala principal era praticamente minha.

Andei tipo "pipoca", a saltar de mesa em mesa, mas queria estar próximo de todos... E ao mesmo tempo.

Jantamos (muito) e abrimos o bolo numa outra sala, com música a vivo e um pezinho de dança.