Silêncio

2.3.17


Como já vos tinha dito, no passado domingo estive presente na noite dos ÓSCARES (ver artigo clicando aqui) e inseridos no evento, tivermos direito a assistir a um dos filmes nomeados ou que tivessem estado na corrida para.

Curiosamente, a maioria de nós optou pelo Silêncio, o filme de Martin Scorsese.

Apontado como a última parte da trilogia de "filmes religiosos" iniciada com A Última Tentação de Cristo e Kundun, Silêncio conta a história de dois padres jesuítas portugueses no Japão, no século XVII, altura em que o cristianismo era proibido naquele país.

Viajamos até 1633, altura em que a Companhia de Jesus recebe a notícia de que o missionário Cristóvão Ferreira teria renunciado publicamente à Fé Cristã.

É o ponto de partida para o enredo, que nos dá a conhecer Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield) e Francisco Garrpe (Adam Driver), numa viagem até ao Japão para confirmar e resgatar o seu antigo professor de seminário e mentor.


Percebemos um país empobrecido e com uma população subjugada ao regime Tokugawa, que proibia o Cristianismo ou quaisquer influências europeias no Japão. 

Perseguições e todo o tipo de crueldade em relação aos cristãos, impedidos de qualquer demonstração de fé em Jesus Cristo, foram alguns dos ingredientes que nos levaram ao limite cada arrepio.




Claro que fica difícil, na nossa atualidade, entender e respeitar tamanha crueldade, perante as atitudes do inquisidor do Japão, o que nos ajuda a manter mais alerta, tal é o misto entra a angústia e a curiosidade do desfecho.

Adorei o filme, mas sou sincero, é maçudo e difícil de assistir sem dar algumas voltas na cadeira, tal começa a ser a falta de conforto.

Nem foi tanto pelos cerca de 161 minutos de cinema, mas pela história em si, que tem inúmeros detalhes e chega a repeti-los, como se fosse necessário "arrastar" para se alongar no tempo o que promove alguns breves momentos de tédio.

Já sei (eu já sei!) que estou sempre a colocar-me numa posição favorável de me apontarem o dedo...

Não sou cineasta ou crítico de cinema e longe estou de querer defraudar as expectativas do filme, aliás, reforcei que gostei de assistir, pela história e por tudo aquilo que representa, seja no patamar das crenças seja no dever (Dever!) de respeitarmos as diferenças sejam elas quais forem, sempre que não prejudiquem terceiros.

Quanto ao filme, as opiniões serão mais que muitas e esta... É a minha.

FranciscoVilhena

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